A psicologia está ganhando muito espaço em nossa sociedade, entretanto, ainda encontro muita resistência a esta profissão especialmente por já ter sido estabelecido anteriormente que se trata de uma profissão ligada diretamente aos transtornos mentais, ou seja: quem faz terapia é louco…
Esta confusão pode ser logo desfeita ao adentrar um consultório de psicologia. O que fazemos dentro de uma sessão não é só conversar, como muitas pessoas também acreditam. Dentro desta conversa, há técnica, há escuta, há análise, há devolução para o paciente das demandas, o que possibilita o autoconhecimento.
Fico muito feliz quando encontro pacientes que estão buscando um acompanhamento psicológico não por que está passando por algum problema específico, mas porque quer melhorar ainda mais, e é nisso que as pessoas devem se basear, na melhoria de vida, de ações e atitudes que temos frequentemente, de acomodações que nos consomem, mas estamos sempre deixando pra depois, de um ciúme que eu não sei de onde vem, das brigas com meu marido ou com minha esposa, da minha insatisfação profissional… várias situações são recorrentes em minha vida e eu não procuro algo que possa fazer para sair deste conflito.
O processo terapêutico não pode garantir resultados, mas, que o resultado aparece, isto não deixa dúvidas. Estes dias recebi uma mãe que trouxe 
sua filha as sessões, ao perguntar sobre a queixa inicial, ela responde: nada, minha filha é ótima, mas como é a primeira filha, gostaria de saber se estou fazendo o certo e como posso ainda melhorar! Ouvir isso é reconfortante, saber que nem sempre as pessoas deverão ter problemas para que vá às sessões de terapia, mas que quando estes problemas ocorrem, é porque já é o limite para pedir ajuda.