Autonomia afetiva

Autonomia afetiva é quando o sujeito possui a capacidade de gerenciar suas emoções, seus afetos, sem exigir ser correspondido ou até mesmo sem culpabilizar o outro pelos seus sentimentos e emoções, sugerindo ainda a sua autorresponsabilidade pelas suas ações e reações, sem exigência de retribuição ou controle em relação ao outro.

Para adquirir autonomia afetiva existe uma série de fatores que devem ser considerados, como a independência emocional, amor-próprio, autoconfiança, autoconhecimento além de uma educação emocional saudável, ou seja, através das primeiras relações que temos no mundo com nossos pais é que aprendemos como nos relacionamos com as pessoas à nossa volta.

As crenças, muitas vezes impostas pela sociedade de que precisamos de uma outra pessoa para que possamos nos considerar completos acaba criando em nós uma necessidade de busca incessante pela “parte que nos falta” com a ilusão de alcançar a verdadeira felicidade não deixando enxergar o que já existe dentro de nós.

A expectativa que se é colocada em um relacionamento é de responsabilidade sua, assim como, delegar ao outro, seja ele quem for, a garantia pela sua felicidade é impor uma condição inatingível para qualquer ser humano completamente capaz de causar decepções amorosas ou não e a partir daí comprometer esse relacionamento e consequentemente acabar com essas expectativas criadas e mantidas em busca da felicidade.

Entender que a busca por um relacionamento saudável e harmonioso deve ser desejo dos dois (ou três…). É saber que no relacionamento o outro está para você assim como você está para o outro. Mas, acima de tudo, não se deve delegar a nossa felicidade nas mãos de mais ninguém, nem mesmo aqueles que foram nossos primeiros amores (nossos pais).

Somos seres sociais, e sim, queremos partilhar nossa intimidade com alguém, mas não devemos fazer disso meta de felicidade, meta de vida ou meta de relacionamento. A autonomia afetiva perpassa justamente pelo limite entre o que é de responsabilidade sua e o que é de livre e espontânea vontade do outro.

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