A psicologia infantil é uma área da que cresce consideravelmente. Vários motivos apontam este crescimento, um deles, é a frequente ausência de firmeza dos pais em relação as crianças, isto 
porque, cada vez mais, os pais estão trabalhando fora, e as crianças ficam em creches/hotelzinho ou com cuidadores, que geralmente são os avós…
Este novo estilo de vida faz com que os pais adotem uma imagem de compensação, e para suprir a ausência acabam por trazer presentes e permitir fazer algumas coisas que não deveriam. Entretanto, o que as crianças querem é atenção, e não tablets, celulares, que é o que vemos atualmente.
Geralmente, quando alguma mãe de paciente me pergunta sobre estes equipamentos, eu digo logo: “Sou contra!!!” Não que o uso traga algum malefício, mas, o uso indevido sim! E os pais, ao se depararem com um comportamento considerado ideal (as crianças costumam ficar quietinhas) permitem que a criança passe mais tempo que deveria. Então, como tudo, é necessário estipular regras, horários, jogos adequados e etc… Todos estes equipamentos servem para acrescentar, e nunca isolar a criança. Percebam como são individualizados: ou joga um, ou outro, não há interação nas brincadeiras.
Enfim, pode ou não pode o uso destes equipamentos tecnológicos para as crianças? Pode sim! Desde que os pais sejam coerentes, e delimitem um tempo regulamentado como 1 hora por dia, e este tempo poderá ser aumentado a cada 2 anos de idade da criança, exemplo: uma criança de 4 ou 5 anos, tem 1 hora; uma criança de 7 anos, poderá jogar durante 2 horas, e assim sucessivamente, ainda assim, dentro das regras deverá ser incluída as prioridades da criança que são as tarefas de casa mandadas pela escola, e também algumas contribuições com a organização da casa, como arrumar os seus pertences e, só então, os equipamentos serão liberados.
Não adianta colocar um tablet ou celular na mão da criança e se isentar de outras responsabilidades como sentar com a criança no chão para brincar, ensinar o respeito com os outros, ensinar que primeiro vem os deveres, depois os prazeres, ensinar que tudo tem seu tempo, SER EXEMPLO! É isso que naturalmente forma uma criança.